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terça-feira, 1 de setembro de 2020

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E A FORMAÇÃO DA CRIANÇA

 


Toda criança merece um lar que lhe proporcione segurança, cuidado, alimentação, saúde, higiene, afeto e bem-estar. Quando o ambiente familiar falha em oferecer esses cuidados, as consequências podem gerar traumas que perduram até a vida adulta.

Em épocas passadas, a violência contra crianças e adolescentes era mais tolerada pela sociedade, em parte devido à maneira como a infância era compreendida naquele contexto histórico. A infância começou a ser reconhecida como uma fase distinta apenas a partir do século XVIII, com uma evolução gradual até ser mais valorizada nos séculos seguintes. Em muitas culturas, práticas que hoje seriam consideradas abusivas, como o toque nas partes íntimas das crianças por adultos, eram aceitas como normais. No entanto, é importante reconhecer que essas práticas são repugnantes e não podem ser justificadas por diferenças culturais (NASCIMENTO, 2015).

Atualmente, embora algumas sociedades ainda tentem ocultar a violência contra crianças e adolescentes, há uma crescente conscientização sobre esse problema. A partir do século XVII, a infância passou a ser vista como uma fase crucial na vida, destacando-se a importância do cuidado e da proteção por parte dos adultos responsáveis. No entanto, ainda há casos em que a violência ocorre dentro do ambiente familiar, onde a criança deveria se sentir mais segura, causando confusão e impactos psicológicos significativos (PARANÁ, 2014).

A criança, que naturalmente confia nos adultos da família para protegê-la, pode se ver diante de uma realidade assustadora quando testemunha atos de violência. Isso pode levar a uma percepção distorcida da vida e de seu direito à felicidade (SAGIM, 2008). O sofrimento causado pela violência é duplo para a vítima, que além do momento traumático, enfrenta uma luta constante contra as consequências psicológicas e emocionais, enquanto o agressor muitas vezes continua sua vida sem sofrer as mesmas consequências (DELANEZ, 2012).

Os efeitos do abuso físico podem se manifestar de diversas formas, desde comportamentos considerados estranhos até problemas de relacionamento e dependência de substâncias como álcool e drogas (DELANEZ, 2012). Além disso, a separação dos pais pode causar impactos emocionais profundos nas crianças, que muitas vezes se sentem abandonadas e confusas diante das disputas entre os adultos responsáveis (JUNQUEIRA, 1998, apud SAGIM, 2008).

É fundamental oferecer apoio psicológico às vítimas de violência durante sua transição para a vida adulta, a fim de mitigar os danos emocionais e promover sua recuperação.


 Uma pequena história baseada em fatos reais 

A REJEIÇÃO VIOLENTA NA INFÂNCIA PODE CAUSAR PROBLEMAS NA VIDA ADULTA.

A jovem, envolta em um ideal romântico, casou-se aos 16 anos e foi viver com sua sogra, junto aos seus cunhados mais novos. Inspirada por suas muitas horas assistindo novelas, ela começou a imaginar cenas românticas da ficção se desenrolando em sua própria vida.

Com o tempo, seu coração se inclinou para um dos seus cunhados. Movida por seus sonhos românticos, ela planejou um encontro secreto no quintal da casa, quando todos estavam ausentes. No entanto, suas esperanças foram frustradas quando ele não correspondeu às suas expectativas, recusando-se a se envolver em sua fantasia.

Desapontada, a jovem buscou de várias maneiras minar o casamento de seu cunhado, incapaz de lidar com a rejeição, um trauma que remontava à sua infância, quando enfrentou a falta de aceitação de seus próprios pais, uma ferida que nunca cicatrizou completamente em sua vida adulta.


 Frase que resume o comportamento de uma menina mulher, que está sofrendo de ansiedade por refletir sobre tudo o que aconteceu na sua vida até o momento.

  "A jovem que se viu forçada a amadurecer precocemente engoliu inúmeras adversidades, e mesmo agora, em sua idade avançada, sente a voz da criança interior clamando por liberdade dentro dela."

SUGESTÃO DE LIVRO 


 

 

"A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DESTRÓI SONHOS"

"ALGUMAS HISTÓRIAS QUE FORAM DESTRUÍDAS PELA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA"  ELA NÃO GOSTA DAS DATAS DE FINAIS DE ANO Compreendo a sua his...