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quarta-feira, 7 de julho de 2021

NEGLIGÊNCIAS INFANTIL INTRAFAMILIAR

NÃO PODEMOS IGNORAR A NECESSIDADE DA CRIANÇA



A violência intrafamiliar abrange toda a família, envolvendo pais, filhos, irmãos, avós, tios, primos, entre outros, especialmente aqueles que coabitam o mesmo ambiente e são considerados parte da família.

Existem diversos tipos de violência que podem ocorrer dentro do ambiente familiar. No entanto, o foco destes relatos se direciona para a negligência infantil.

A violência intrafamiliar contra crianças se manifesta em diversas formas, incluindo negligência, brutalidade física, abuso sexual e psicológico. A negligência é caracterizada pela omissão dos pais ou responsáveis em suprir as necessidades físicas e emocionais das crianças (Delanez, 2012, p. 13).

A negligência infantil é lamentavelmente comum em nossa sociedade, e há casos em que as crianças enfrentam todos os tipos de abandono. Frequentemente, a responsabilidade dos pais ou responsáveis é transferida para outros membros da família, e a criança, que já sofreu maus-tratos, é forçada a se adaptar a um novo ambiente, mesmo que seja com um parente. Infelizmente, nem todas as crianças têm a mesma sorte de encontrar um ambiente melhor.

Um exemplo negativo ocorre quando a criança perde um dos pais e sua guarda é assumida pelos avós, tios, ou outros. A criança leva consigo suas dores e angústias para um novo lugar, o que pode resultar em comportamentos rebeldes e agressivos. O familiar responsável muitas vezes interpreta erroneamente esses comportamentos como falta de educação, e a violência continua. É triste pensar que uma criança precisa sofrer tantos maus-tratos para ser "educada". O uso de força física nunca foi e nunca será o melhor método de educação, assim como a violência psicológica.

Confesso que sinto raiva quando ouço alguém afirmar que surras transformam as pessoas em seres de bem. Surras fazem diferença sim, mas para piorar o desenvolvimento humano.

A maioria das crianças que sofre violência se torna adultos frustrados e tristes. Embora haja exceções, com adultos que conseguem superar tais traumas e seguir adiante, não podemos ignorar aqueles que nunca conseguem superá-los.

Outro aspecto importante é a falsa impressão de uma família unida e feliz durante os encontros e confraternizações. Proteja suas crianças; educar com amor também significa protegê-las e afastá-las de parentes que demonstram comportamentos suspeitos em relação a elas.

Se houver na sua família uma avó ou tio que despreza seu filho, afaste-se e evite novos encontros. Se seu filho está sendo rejeitado de alguma forma, fique atento e proteja-o contra qualquer forma de maldade. As crianças merecem nosso amor e cuidado.

Não force seu filho a gostar de quem não inspira confiança nele. Respeite seu comportamento e observe atentamente, pois isso pode prevenir a violência infantil.

Deixo como sugestão para leitura um artigo da autora Geovana Oliveira Delanez. “A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA”. Encontra-se em PDF para baixar.


QUANDO A FAMÍLIA "NÃO SABE AMAR"

"Por trás da fachada acolhedora e dos abraços calorosos, residia uma realidade sombria e desconcertante. Os avós, figuras veneráveis aos olhos da sociedade, guardavam um segredo perturbador: sua relação com os netos era tudo, menos amorosa.

Os laços familiares, tão celebrados e enaltecidos, eram tingidos por uma amargura palpável. Os avós, em vez de serem os pilares de sabedoria e afeto, revelavam-se como críticos implacáveis, desdenhando dos netos com palavras ásperas e atitudes condenatórias.

Não havia espaço para o carinho genuíno ou o apoio incondicional. Em vez disso, predominavam as murmurações venenosas e as expressões de desdém. Os netos eram alvos constantes de suas críticas mordazes, alvo de desprezo e desaprovação.

E não bastava o desdém nos confins do lar; os avós faziam questão de difamar os netos perante os outros parentes, propagando suas queixas e ressentimentos. Como uma mancha que se espalha, suas palavras envenenadas corroíam a imagem dos netos diante da família, semeando desconfiança e desarmonia.

Assim, por trás dos sorrisos forçados e das gentilezas superficiais, escondia-se uma dinâmica familiar distorcida, onde o amor e a aceitação eram substituídos pela crítica implacável e pelo desejo oculto de causar mal. Os avós, figuras que deveriam representar a essência do afeto familiar, tornavam-se os arautos da discórdia e da desilusão para os netos desafortunados."

 

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