sexta-feira, 13 de agosto de 2021

OS REFLEXOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA INFANTIL

 ADULTO FRUSTADO




 Olá, meu nome é Inês e sou a criadora e produtora deste blog.

Sinto-me impelida a compartilhar com vocês um assunto muito polêmico que visa principalmente prevenir e orientar as famílias contra a violência doméstica.

O que desejo destacar a partir desses relatos sobre parte da minha vida é que a educação de um filho exige muita atenção e é um aprendizado contínuo. Não há uma fórmula mágica ou um manual de educação; cada família terá que encontrar seu próprio caminho para se adaptar aos seus costumes e rotinas na criação de seus filhos, mas a violência certamente nunca foi a melhor opção.

Às vezes, a criança ou adolescente vivencia constantemente a violência verbal, com xingamentos e gritos, o que pode ser tão prejudicial quanto qualquer outro tipo de violência.

Conforme Miles (2012, p.8) destaca:

 "Comportamento agressivo inclui, na maioria das vezes, gritos e berros ameaçadores. Uma menina de 16 anos não consegue esquecer os berros que acompanhavam as agressões que sofreu: “Sem dúvida, os piores momentos da minha vida. Alguém berrando, aterrorizando, você assustada o tempo todo. Você não pode imaginar como era viver pensando que aquele poderia ser o último dia da sua vida”. Uma menina de 8 anos relembra as ameaças: “Ele dizia: ‘à noite, quando você estiver dormindo, eu vou matar você’. Eu ficava com muito medo”.

Para o agressor, as palavras dirigidas à vítima perdem o significado pouco tempo depois, todavia, para a vítima, isso pode levar tempo demais, culminando em suas emoções psicológicas.

É muito triste observar ao nosso redor que o uso da força física ainda é um meio de "educar".

Nossa sociedade está repleta de adultos frustrados e infelizes devido às consequências da violência sofrida na infância.

Sou a prova viva dessa realidade. Posso afirmar que as surras, os gritos e as palavras duras que ouvi durante a minha infância me afetaram profundamente, causando danos irreparáveis para o meu desenvolvimento. Os reflexos de tudo isso me trouxeram traumas e amarguras profundas durante boa parte da minha vida adulta.

Sofri muito até começar a buscar respostas para tantas dores e limitações.

Fui uma criança extremamente tímida, insegura e cheia de medos. Na escola, não conseguia abrir a minha boca para tirar uma dúvida com o professor; eu ficava torcendo para algum colega ter as mesmas dúvidas e perguntar ao professor, caso contrário, eu ficava com as minhas dúvidas. Naquela época, não tínhamos acesso à internet nem a livros, não havia biblioteca na escola, e meus pais não tinham condições para comprar livros, então eu ficava sem respostas aos meus questionamentos, o que acabava limitando o meu conhecimento.

Isso me atrapalhou muito ao longo dos anos; perdi o interesse pelos estudos e acabei interrompendo quando cheguei no 5º ano. Depois de 10 anos, voltei e terminei o Ensino Fundamental no Supletivo, mas desisti novamente. Depois de mais 11 anos, retornei e concluí o Ensino Médio, também no supletivo. Então, pensei, agora já deu, faculdade nem pensar.

Passou mais um tempo, e aos 38 anos, decidi fazer um curso de graduação. Escolhi Pedagogia, pois era o único curso que me identificava indiretamente naquele momento. Acredito que foi a melhor escolha, pois os quatro anos de graduação me deram ainda mais condições de expressar um sentimento que ainda me incomoda muito: a violência doméstica é algo destruidor na vida do indivíduo.

Me formei com 42 anos de idade, feliz e realizada.

O tema de pesquisa do meu TCC foi "Violência doméstica: as repercussões na formação da criança e do adolescente". Foi um trabalho que amei, mergulhei de cabeça. A cada artigo ou livro que li para realizar minha pesquisa, sentia algo se movendo dentro de mim. Confesso que me derramava em lágrimas, pois me identificava em muitos fatores citados pelos autores.

Se alguém afirmar que apanhar lhe fez bem, por favor, desconsidere o que vou pontuar a seguir. Minha intenção ao destacar tais situações é justamente ajudar pessoas que enfrentam os mesmos traumas ou talvez até auxiliar alguém a compreender um adolescente ou uma criança com um comportamento considerado "inadequado".

Na minha pesquisa de TCC, procurei focar mais no relacionamento entre professor e aluno em sala de aula, buscando entender uma criança ou adolescente que está gritando por socorro através de seus comportamentos.

Aqui, pretendo chamar a atenção de familiares, amigos, vizinhos e até mesmo religiosos que frequentam alguma igreja. Por favor, não ignorem, não critiquem quando uma criança ou um adolescente apresentar um comportamento considerado "estranho" para vocês. Apenas reflitam sobre o que pode estar acontecendo e quem sabe demonstrem um pouco de amor em vez de críticas.

Vou contar um pouco, de forma resumida, sobre meus tormentos de infância e adolescência até me tornar adulta.

Venho de uma família simples; minha mãe se casou muito jovem, ficando viúva cerca de três anos depois. Desse casamento, ficou com três filhos para sustentar, sem nenhum auxílio financeiro, pois naquela época os trabalhadores rurais não tinham nenhum tipo de direitos assegurados. Pouco tempo depois, minha mãe conheceu outra pessoa e teve mais três filhos, eu e mais dois irmãos.

Meu pai era alcoólatra e trabalhava apenas para manter o vício. As brigas eram constantes em casa. Meu pai nunca foi violento com minha mãe ou conosco, mas costumava descontar sua raiva nos objetos, amassando tampas de panelas, e as brigas e as palavras ofensivas entre eles eram frequentes e nos assustavam muito, diminuindo-nos como seres humanos.

Minha mãe fazia questão de propagar para todos os vizinhos os problemas da relação familiar, inclusive para nossos colegas de escola, o que me fazia sentir muito desconfortável, chegando ao ponto de desejar me esconder de todos, pois não me sentia à vontade com aquela exposição.

Quando eu tinha sete anos, meus pais decidiram se separar. Foi numa tarde, e os dois começaram a dividir tudo, talheres, panelas, roupas de cama, entre outras coisas.

Levei alguns anos para conseguir decifrar meus sentimentos daquele dia; por um lado, sentia uma pequena leveza no coração, pois acreditava que as brigas cessariam e que tudo seria diferente. Mas, ao mesmo tempo, sentia a dor da perda e a tristeza ao visualizar a cena do meu pai juntando todos os seus pertences e socando dentro de sacolas, saindo com tristeza no olhar, enquanto minha mãe, segurando as lágrimas, afirmava com muita firmeza que tudo aquilo era necessário porque nosso pai não prestava para nada e nunca foi um pai de verdade para nós.

Cresci profundamente ferida, enfrentando tempos terríveis. Minha mãe precisava trabalhar para sustentar todos nós e não tinha tempo nem condições psicológicas para entender a dor de um filho. Ela resolvia tudo no grito, nas surras e, algumas vezes, desabafando sua própria dor e sofrimento. Depois de um tempo, minha mãe casou-se novamente e teve mais um filho, meu irmão mais novo. Dois anos depois, ela se separou novamente. Éramos seis irmãos e passamos por muitas dificuldades financeiras.

Fui uma criança muito insegura, cheia de medo; nunca confiei nas pessoas, e de certa forma, acredito que esse medo me protegeu de muitas coisas ruins, talvez até de um abuso sexual, quem sabe? Quando as pessoas tentavam se aproximar de mim, eu sempre me esquivava delas. Aprendi a ser independente à força; as pessoas me elogiavam quando eu tinha uns 12 anos, como se eu fosse um exemplo de menina nova, mas muito madura. O que ninguém imaginava era quantas lágrimas eu derramava sobre o meu travesseiro durante a noite e as angústias que sentia por não conseguir ao menos sonhar.

Até então, eu não desejava sequer construir uma família, porque, na minha mente, as famílias não eram felizes e só brigavam.

Minha família sempre foi católica, mas não praticante, e aos dez anos comecei a frequentar a catequese para fazer a primeira comunhão. Gostava muito dessas aulas, pois aprendia coisas sobre Deus, fé e religião, o que despertou um interesse maior em mim. Uma frase dita pela minha catequista abriu novos horizontes de esperança para mim: “Tudo o que estamos fazendo ou pensando, Deus está vendo e ouvindo”.

Minha religiosidade me aproximou de pessoas; fiz amigos, mas o vazio dentro de mim ainda persistia.

Sentia-me culpada por ter nascido, pensava ser um peso para minha mãe. Num de seus desabafos melancólicos, ela inconscientemente nos culpou por suas escolhas erradas. Ela disse: “se não fossem vocês, eu estaria vivendo muito bem com o meu pai”. Pouco tempo depois, certamente já nem lembrava mais do que havia dito. Mas, para mim, foi como uma bomba; vocês não imaginam o estrago que pode causar na vida de uma criança, enquanto que, para o adulto, não é nada. Eu me perguntava, por que nasci?

Por que Deus nos deixa nascer se, na verdade, só vamos atrapalhar a vida das nossas mães?

E a angústia aumentava a cada dia, levando-me a desejar tirar a própria vida. Um dia, saí de casa decidida a me jogar na frente de um carro no meio da rua, pensando que ninguém merecia viver daquele jeito. Mas acabei sentando num ponto de ônibus e comecei a imaginar a cena; em seguida, me questionei: e se eu não morrer? E se, em vez disso, ficar debilitada, incomodando ainda mais minha mãe? Chorei muito e depois voltei para casa.

Já trabalhava nessa época, tinha uns 14 anos mais ou menos. Comecei a trabalhar como babá para uma família evangélica, e essas pessoas me ajudaram muito em termos de conceitos familiares. Cuidei de duas crianças maravilhosas por cinco anos; aprendi muito com essa família e, nesse tempo, comecei a sonhar em me casar e ter filhos. O exemplo de vida deles me motivou a crer ainda mais em um Deus vivo e verdadeiro, e acabei indo para uma igreja evangélica.

Mas os traumas da infância ainda me assombravam, e eu desejava muito resolver isso para me sentir aliviada. Tentei conversar com minha mãe, mas ela é uma pessoa muito simples, com uma certa "ignorância" sobre essa realidade. Infelizmente, até hoje, ela acredita que fez o que era melhor e faria tudo de novo para "educar" os filhos.

Depois de um tempo, convenci-me de que minha fé em Deus havia resolvido tudo, e estava pronta para ser uma mãe diferente para meus filhos.

Me casei, tive dois filhos, e para minha maior tristeza, percebi que as raízes da violência doméstica ainda estavam presentes em mim, eram mais fortes do que eu. Quando menos esperava, eu estava reproduzindo os gritos e as surras com meus filhos. Depois, refletia e sofria amargamente por minhas ações.

Meu esposo me ajudou a enxergar a realidade, de que estava reproduzindo tudo o que vivi no passado. Mas precisei investigar o passado de meus pais para entender o que aconteceu com minha mãe em sua infância para deixá-la tão amarga e agressiva.

Não precisei ir muito além para compreender que minha mãe apenas estava oferecendo tudo o que tinha dentro de si. Percebi que a infância e adolescência dela foram muito cruéis; ela precisou se tornar mulher, mãe e chefe de família muito cedo. Sofreu violência conjugal e foi traída muitas vezes, entre outras adversidades.

Não estou justificando o comportamento de minha mãe; sou totalmente contra o uso da força física ou violência verbal e psicológica na educação dos filhos. Mas esse olhar foi importante para eu conseguir arrancar essa dor que me destruiu por anos.

Chegou o momento em que precisei pedir desculpas para meus filhos e explicar por que agi daquele jeito com eles.

Meu filho foi sincero durante essa conversa. Ele disse: "Todas as vezes que você me batia, eu sentia vontade de me vingar... Olha só, o que acontece com a violência! Sempre vai gerar violência..."

Muitas pessoas religiosas podem pensar que Deus cura tudo, mas posso afirmar que nem sempre apenas frequentar a igreja ou ter fé resolve. Na maioria dos casos, é aconselhável buscar ajuda de um profissional, fazer terapia e, em casos mais graves, até mesmo fazer uso de medicamentos. Não foi o meu caso, mas acredito que se tivesse procurado algumas sessões de terapia naquele momento, com certeza teria sido mais fácil.

Portanto, evitem julgar o comportamento das crianças e dos adolescentes; muitas vezes, as birras, o choro, as agressividades ou até mesmo uma timidez extrema podem ser sinais de que algo está errado.

Da mesma forma, antes de julgar um adulto frustrado, reflitam um pouco sobre o tipo de infância que essa pessoa teve...

Referências

MILES, Liz. Estudo de caso. In:______. Vencendo a violência doméstica. Problemas da vida real: Tipos de violência doméstica. São Paulo: Hedra, 2012


REFLXÃO

No silêncio sombrio da infância, ela navegou pelas águas turbulentas do medo e da violência. Cada dia era uma batalha contra a dor física e os tormentos psicológicos que se enraizavam em sua alma frágil. Cresceu com a máscara da força, erguendo muralhas de bravura para ocultar as cicatrizes que a vida lhe impusera tão cedo.

Por fora, parecia uma fortaleza, uma mulher de semblante firme e determinado. No entanto, por dentro, os resquícios dos dias sombrios da infância perduravam como sombras implacáveis. A depressão, a ansiedade e a tristeza eram companheiras constantes, envolvendo-a em um véu de solidão que parecia insuperável.

Ela ansiava por um refúgio, por um ombro onde pudesse repousar suas angústias, mas o eco de sua dor reverberava em um vazio assustador. A sensação de estar desamparada, sem alguém para acolhê-la em momentos de fragilidade, corroía sua alma mais do que qualquer ferida física já fizera.

Cada passo dado na jornada da vida era marcado pela sombra do passado, que teimava em se projetar sobre seu presente. E assim, ela caminhava, lutando contra os fantasmas que a assombravam, desejando ardentemente encontrar uma luz capaz de dissipar a escuridão que a envolvia. Pois, apesar de toda aparente fortaleza, no fundo de seu coração, ela era apenas uma menina em busca de paz e acolhimento.

 

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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA

 


Violência sexual infantil é um termo que se refere a qualquer tipo de comportamento ou atividade sexual com uma criança por um adulto ou por outra criança mais velha. Isso pode incluir contato físico, como toques inapropriados, penetração, exposição indevida a material sexual, assim como exploração sexual através de pornografia infantil ou coerção para atividades sexuais. A violência sexual infantil é uma forma grave de abuso infantil e pode ter efeitos profundos e duradouros no desenvolvimento físico, emocional e psicológico da criança. 

A violência sexual infantil abrange uma ampla gama de comportamentos e situações que podem afetar meninos e meninas. Aqui estão alguns tipos comuns de violência sexual infantil:

Abuso sexual: Inclui qualquer tipo de atividade sexual com uma criança que não tem maturidade para consentir ou entender a natureza da atividade. Isso pode incluir toques inapropriados, penetração, exposição a material sexual explícito, entre outros.

Exploração sexual: Envolve o uso de crianças em atividades sexuais em troca de bens, serviços, dinheiro ou outras formas de compensação. Isso pode incluir prostituição infantil, pornografia infantil e turismo sexual infantil.

Assédio sexual: Consiste em comportamentos sexuais indesejados, que podem incluir palavras, gestos, imagens, contatos físicos não desejados, entre outros, dirigidos a uma criança por um adulto ou outra criança.

Agressão sexual: Envolve o uso de força, coerção ou manipulação para obrigar uma criança a participar de atividades sexuais. Isso pode incluir estupro, agressão sexual com ou sem penetração, entre outros.

Violência sexual online: Refere-se a qualquer tipo de atividade sexual não consensual que ocorre através de dispositivos eletrônicos e da internet, como o grooming (engano pela internet para ganhar a confiança de uma criança para fins sexuais), o sexting não consensual, o assédio online com conteúdo sexual, entre outros.

A violência sexual infantil é um problema sério que pode ter efeitos devastadores na vida das crianças afetadas. É importante estar atento a qualquer sinal de que uma criança possa estar passando por violência sexual e tomar medidas para protegê-las e oferecer o apoio adequado.


 VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MENINOS

A violência sexual contra meninos é uma questão grave e preocupante que merece atenção e ação imediata. Infelizmente, muitas vezes, as vítimas de abuso sexual masculino enfrentam barreiras adicionais para relatar e receber apoio devido a estereótipos de gênero, medo de estigma e outras pressões sociais. É fundamental que haja conscientização sobre esse problema e que sejam implementadas políticas e programas eficazes para prevenir o abuso sexual, proteger as vítimas e responsabilizar os agressores. Além disso, é importante oferecer apoio psicológico e jurídico adequado às vítimas para ajudá-las a se recuperar do trauma e reconstruir suas vidas.

 A violência sexual contra crianças pode se manifestar de várias formas. Aqui estão alguns tipos comuns de violência sexual contra meninos:

Abuso sexual: Inclui qualquer atividade sexual entre um adulto ou adolescente mais velho e uma criança mais nova, incluindo toques inapropriados, penetração e qualquer outro ato sexual.

Exploração sexual: Envolve usar uma criança para realizar atos sexuais, produzir material sexualmente explícito ou para prostituição.

Assédio sexual: Compreende qualquer comportamento sexual indesejado que ocorre no contexto de uma relação de poder, como assédio por parte de um adulto, colega de classe ou superior no trabalho.

Pornografia infantil: Implica a produção, distribuição ou posse de material que mostra meninos em atividades sexuais.

Turismo sexual infantil: É quando viajantes vão a outros países para participar de atividades sexuais com meninos, muitas vezes explorando a pobreza e vulnerabilidade das crianças nessas áreas.

Esses são apenas alguns exemplos, mas infelizmente, a violência sexual pode assumir muitas formas e pode ocorrer em uma variedade de ambientes, incluindo lares, escolas, instituições religiosas, comunidades online e outros lugares. É fundamental abordar esse problema com educação, prevenção e apoio às vítimas para interromper sua perpetuação e ajudar aqueles que foram afetados.

 

 


sábado, 24 de julho de 2021

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER



Violência contra mulher em Guarapuava PR

Infelizmente, neste final de semana entre os dias 6 e 7 de agosto de 2021, na cidade de Guarapuava PR. Ocorreu mais um caso de agressão contra mulher. Ele com 28 anos e ela com 26 anos.

A briga deu-se início depois que o homem visualizou mensagens que a mulher havia recebido em seu celular. Eles estão separados, porém ainda moram no mesmo ambiente o que tem facilitado ainda mais as agressões.

As agressões foram com brutalidades corporais associado de estrangulamento violência verbal como xingamentos e intimidações. A polícia foi acionada, no entanto, o agressor fugiu. A mulher foi orientada com medidas de proteção para a sua maior segurança. Mas infelizmente, a vítima preferiu permanecer no mesmo local onde mora com o ex- companheiro.

Violência contra mulher em Laranjeiras do sul PR

No mesmo final de semana em Laranjeiras do Sul, uma mulher foi agredida com um facão o que acabou em um corte no dedo da mão esquerda e várias outras agressões físicas e, estrangulamento. A mulher afirmou que, esse tipo de ocorrido tem sido muito comum em sua convivência conjugal. A polícia conversou com a vítima e em seguido foram para delegacia, já que a mesma demonstrou interesse em denunciar o seu cônjuge.

Ficando evidente que, tais acontecimentos são muito comuns na maioria das famílias, mas nem todos os casos chegam ao conhecimento das autoridades. Precisamos urgentemente de ações para combater todos os tipos de violência contra mulher em nossa sociedade.

Mais informações pesquisar em Rede Sul de Notícias Guarapuava.


sábado, 10 de julho de 2021

VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

 

Agressão contra o idoso


É responsabilidade da família, da sociedade e do Estado zelar, honrar e garantir a plena integração social dos idosos.

Infelizmente, testemunhamos diariamente casos de violência contra os idosos. Ninguém merece ser maltratado, e o respeito deve ser a prioridade máxima. Cabe à família encontrar meios de cuidar dos idosos, e essa responsabilidade não recai apenas sobre um membro da família, mas sobre todos. É angustiante ver irmãos transferindo essa obrigação uns para os outros, quando na verdade todos devem se unir para prestar assistência ao idoso.

Muitos criticam famílias que optam por colocar os idosos em casas de repouso. Pessoalmente, não vejo problema nisso, desde que o ambiente cumpra com todas as normas de cuidado. Nem sempre a família tem condições de cuidar do idoso em casa devido às demandas de trabalho e à correria do dia a dia, e é por isso que tomam essa decisão. No entanto, se houver pessoas disponíveis para cuidar, a situação é diferente.

O que realmente importa é que os idosos merecem respeito para desfrutar da velhice com tranquilidade.

Os idosos deveriam estar preparados para aproveitar a velhice, mas muitos acabam trabalhando para complementar a aposentadoria ou pensão.

Por que os idosos precisam vender picolés ou algodão doce nas ruas, enfrentando sol, chuva, frio e calor? Por que as idosas precisam trabalhar como babás ou domésticas em vez de desfrutar de sua casa? Eles deveriam sair para caminhadas diárias em benefício da saúde e relaxar durante o pouco tempo que lhes resta, em vez de continuar trabalhando.

Há casos em que os pais idosos precisam ajudar a sustentar os netos e filhos desocupados, o que leva muitos idosos a sofrerem, alimentando-se mal e trabalhando mesmo doentes. E há também casos de filhos que roubam a aposentadoria dos pais para pagar dívidas de jogos, drogas ou diversões impróprias, o que é uma agressão triste e dolorosa contra os idosos.

Há idosos que já viveram em tempos de abundância quando jovens, mas esbanjavam dinheiro e desrespeitavam os familiares, inclusive seus próprios filhos. Agora, encontram-se em uma situação vulnerável, dependendo dos filhos que antes menosprezaram.

Mesmo que esses idosos não mereçam o respeito dos filhos, ainda assim devem ser tratados com dignidade. A hora da vingança já passou; o sofrimento atual é o resultado de suas ações. Ninguém tem o direito de agredir um idoso de qualquer forma.

Deixemos como lição para todos nós hoje: não repetirmos os erros de certos idosos enquanto estamos bem, jovens e saudáveis. A velhice chegará para todos, e todos precisaremos de cuidados em algum momento de nossas vidas.

Cuidemos dos idosos e os respeitemos, mesmo que os julguemos indignos. Busquemos ser pessoas melhores, para que quando chegar nossa vez de envelhecer, não sejamos um fardo tão pesado para nossa família.



quarta-feira, 7 de julho de 2021

NEGLIGÊNCIAS INFANTIL INTRAFAMILIAR

NÃO PODEMOS IGNORAR A NECESSIDADE DA CRIANÇA



A violência intrafamiliar abrange toda a família, envolvendo pais, filhos, irmãos, avós, tios, primos, entre outros, especialmente aqueles que coabitam o mesmo ambiente e são considerados parte da família.

Existem diversos tipos de violência que podem ocorrer dentro do ambiente familiar. No entanto, o foco destes relatos se direciona para a negligência infantil.

A violência intrafamiliar contra crianças se manifesta em diversas formas, incluindo negligência, brutalidade física, abuso sexual e psicológico. A negligência é caracterizada pela omissão dos pais ou responsáveis em suprir as necessidades físicas e emocionais das crianças (Delanez, 2012, p. 13).

A negligência infantil é lamentavelmente comum em nossa sociedade, e há casos em que as crianças enfrentam todos os tipos de abandono. Frequentemente, a responsabilidade dos pais ou responsáveis é transferida para outros membros da família, e a criança, que já sofreu maus-tratos, é forçada a se adaptar a um novo ambiente, mesmo que seja com um parente. Infelizmente, nem todas as crianças têm a mesma sorte de encontrar um ambiente melhor.

Um exemplo negativo ocorre quando a criança perde um dos pais e sua guarda é assumida pelos avós, tios, ou outros. A criança leva consigo suas dores e angústias para um novo lugar, o que pode resultar em comportamentos rebeldes e agressivos. O familiar responsável muitas vezes interpreta erroneamente esses comportamentos como falta de educação, e a violência continua. É triste pensar que uma criança precisa sofrer tantos maus-tratos para ser "educada". O uso de força física nunca foi e nunca será o melhor método de educação, assim como a violência psicológica.

Confesso que sinto raiva quando ouço alguém afirmar que surras transformam as pessoas em seres de bem. Surras fazem diferença sim, mas para piorar o desenvolvimento humano.

A maioria das crianças que sofre violência se torna adultos frustrados e tristes. Embora haja exceções, com adultos que conseguem superar tais traumas e seguir adiante, não podemos ignorar aqueles que nunca conseguem superá-los.

Outro aspecto importante é a falsa impressão de uma família unida e feliz durante os encontros e confraternizações. Proteja suas crianças; educar com amor também significa protegê-las e afastá-las de parentes que demonstram comportamentos suspeitos em relação a elas.

Se houver na sua família uma avó ou tio que despreza seu filho, afaste-se e evite novos encontros. Se seu filho está sendo rejeitado de alguma forma, fique atento e proteja-o contra qualquer forma de maldade. As crianças merecem nosso amor e cuidado.

Não force seu filho a gostar de quem não inspira confiança nele. Respeite seu comportamento e observe atentamente, pois isso pode prevenir a violência infantil.

Deixo como sugestão para leitura um artigo da autora Geovana Oliveira Delanez. “A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA”. Encontra-se em PDF para baixar.


QUANDO A FAMÍLIA "NÃO SABE AMAR"

"Por trás da fachada acolhedora e dos abraços calorosos, residia uma realidade sombria e desconcertante. Os avós, figuras veneráveis aos olhos da sociedade, guardavam um segredo perturbador: sua relação com os netos era tudo, menos amorosa.

Os laços familiares, tão celebrados e enaltecidos, eram tingidos por uma amargura palpável. Os avós, em vez de serem os pilares de sabedoria e afeto, revelavam-se como críticos implacáveis, desdenhando dos netos com palavras ásperas e atitudes condenatórias.

Não havia espaço para o carinho genuíno ou o apoio incondicional. Em vez disso, predominavam as murmurações venenosas e as expressões de desdém. Os netos eram alvos constantes de suas críticas mordazes, alvo de desprezo e desaprovação.

E não bastava o desdém nos confins do lar; os avós faziam questão de difamar os netos perante os outros parentes, propagando suas queixas e ressentimentos. Como uma mancha que se espalha, suas palavras envenenadas corroíam a imagem dos netos diante da família, semeando desconfiança e desarmonia.

Assim, por trás dos sorrisos forçados e das gentilezas superficiais, escondia-se uma dinâmica familiar distorcida, onde o amor e a aceitação eram substituídos pela crítica implacável e pelo desejo oculto de causar mal. Os avós, figuras que deveriam representar a essência do afeto familiar, tornavam-se os arautos da discórdia e da desilusão para os netos desafortunados."

 

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quinta-feira, 24 de junho de 2021

ALIENAÇÃO PARENTAL

   


Alienação Parental



O que é a alienação parental?

É um tipo de violência que costuma  ocorrer quando um membro da família tenta manipular o sentimento da criança ou adolescente contra um outro parente, confundindo-os sobre verdades e mentiras. Geralmente, acontece com pais separados que muitas vezes usam seus filhos para expor suas magoas e sentimentos ruins contra o seu ex-companheiro. Existe uma lei que pune esse tipo de violência. (Lei nº 12.318/2010).

O pai que não se conforma com o novo relacionamento da ex-esposa pode em algum momento tentar criar uma situação negativa na mente do filho. Da mesma forma a mãe magoada por ter sido trocada por outra pessoa no relacionamento conjugal poderá fazer o mesmo e ambos não percebem o estrago psicológico que estão causando na vida dos seus filhos.

Outra situação é quando a sogra não gosta da sua nora e procura envenenar o neto (a) contra a própria mãe para tirar vantagem: especulando a criança e fazendo intrigas mentirosas na tentativa de se colocar como protagonista do bem na vida do neto(a). Da mesma forma a nora poderá criar situações colocando o filho (a) contra os avós.

Irmãos que nunca tiveram um bom relacionamento muitas vezes também sacrificam os filhos para remoer os seus sentimentos de vinganças parental. O que poderia ser uma relação agradável para as crianças e adolescentes, infelizmente são destruídos pelos adultos.


segunda-feira, 24 de maio de 2021

ARTIGOS SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

 

Algumas sugestões de artigos para pesquisas e leituras



Violência doméstica e a escola

A escola tem uma grande importância no desenvolvimento da criança e do adolescente e acima de tudo a obrigação de auxiliá-los  durante o enfrentamento da violência.

Sugestão para leitura o artigo sobre:

A INSERÇÃO DA REDE DE ENSINO NO ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA EXPERIÊNCIA EM SANTA MARIA, RS. 

Autor: Douglas Casarotto Oliveira

 

A Escola e a rede de proteção

A escola precisa estar mais preparada para acompanhar os alunos que enfrentam algum tipo de violência lhe oferecendo estabilidade e segurança.

Existe uma rede de apoio que poderá ser acionada. No entanto, se faz necessário que os profissionais da escola estejam preparados com palestras e treinamentos para saber agir com sabedoria em vez de expor a vítima no momento que precisar.

Sugestão para leitura o artigo abaixo:

A escola e a rede de proteção de crianças e adolescentes

Autora: Ana Lúcia Ferreira

 

Violência de gênero

Infelizmente, a cultura da nossa sociedade sempre deixou a desejar quando se trata sobre a relação entre homens e mulheres, a distinção entre sexo.

O que era considerado no senso comum de que a mulher era vista como um ser frágil e  submisso, lamentavelmente, ainda são utilizados como meios para justificar o preconceito e a falta de respeito com a maioria das mulheres.

Sugestão leitura sobre o tema:

Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação

Autora: Lourdes Maria Bandeira

 

Quando a violência chega até a escola

Hoje existem  várias formas de vida para chamarmos de família, avós que cuidam dos seus netos, irmãos adolescentes que acabam se responsabilizando pelo irmão mais novo, pais separados, dois pais, duas mães, entre outros. Mas o que nos chama a atenção é o fato de que, muitas famílias vivem em conjuntura vulnerável. Meninas que engravidam sem mesmo entender o relacionamento sexual e permanecem morando na mesma casa, pais que abusam de seus filhos. Esta situação vai se perpetuando por gerações.

Estes fatores, sem dúvida acaba por gerar muito estresse no ambiente do convívio familiar..

E a criança que vai nascendo e cresce neste meio vai chegar até a escola trazendo consigo todo este sofrimento, refletindo tudo no processo de aprendizagem.

A escola precisa saber como acolher essa criança.

Sugestão de leitura Artigo abaixo:

Quando a violência chega até a escola

Autoras: Gabriela Franco Dias Lyra, Patrícia Constantino e Ana Lúcia Ferreira

Todos os artigos encontra-se na internet.

 

 


"A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DESTRÓI SONHOS"

"ALGUMAS HISTÓRIAS QUE FORAM DESTRUÍDAS PELA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA"  ELA NÃO GOSTA DAS DATAS DE FINAIS DE ANO Compreendo a sua his...